O DESAFIO DAS EMPRESAS NA ERA DIGITAL: EQUILIBRANDO SEGURANÇA CIBERNÉTICA E SUSTENTABILIDADE

Heloisa Nogueira e Thamara Belinatti

Ao longo dos anos, as pessoas jurídicas enfrentam inúmeros desafios, e um estudo recente, chamado “Barômetro de Risco Allianz” realizado pela Allianz Commercial revelou que os crimes cibernéticos – ou, para os mais familiarizados, as fraudes digitais – tornaram-se uma das principais preocupações dos empresários brasileiros, superando até mesmo as crises climáticas, que também impactam o desenvolvimento das empresas.

Globalmente, os crimes cibernéticos também lideram o ranking das maiores ameaças corporativas. A crescente dependência da tecnologia, a evolução acelerada da Inteligência Artificial (IA) e os sucessivos casos bem-sucedidos de fraudes digitais intensificam a preocupação dos empresários.

Exemplos disso incluem a falha na atualização de software da empresa de cibersegurança CrowdStrike em 2024, que afetou sistemas de companhias aéreas e bancos, evidenciando a vulnerabilidade das organizações.

Não vamos esquecer também do famoso caso da multinacional de Hong Kong, vítima de um golpe envolvendo o uso de “deepfake” para desviar aproximadamente US$ 25 milhões, que escancarou a sofisticação dos golpes que as empresas enfrentam.

A digitalização acelerada dos negócios exige que as empresas invistam continuamente em infraestrutura tecnológica e segurança da informação, a implementação de políticas rigorosas de proteção de dados, aliada ao uso de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a blockchain, pode fortalecer os sistemas contra-ataques cibernéticos.

Apesar disso, este preparo tecnológico e investimento deve ocorrer de forma planejada, garantindo que as soluções adotadas sejam sustentáveis e contribuam para a redução do impacto ambiental, como o uso de servidores mais eficientes em consumo de energia e a migração para fontes renováveis.

Ao mesmo tempo, práticas ambientais responsáveis devem ser incorporadas ao planejamento estratégico das empresas, permitindo que a inovação caminhe lado a lado com a preservação do meio ambiente.

Empresas que investem em eficiência energética, logística sustentável e redução da pegada de carbono não apenas contribuem para um futuro mais equilibrado, mas também fortalecem sua imagem no mercado e conquistam a confiança de investidores e consumidores cada vez mais exigentes quanto à responsabilidade socioambiental.

Dessa forma, a organização e a estruturação de uma empresa hoje vão muito além do que se pensava 40 anos atrás e precisam ser mais bem planejadas do que nunca. A conciliação entre modernidade e sustentabilidade não é mais uma opção, mas sim uma necessidade para a longevidade dos negócios. Empresas que conseguirem equilibrar inovação, proteção e responsabilidade ambiental estarão mais preparadas para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, garantindo resiliência, competitividade.

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